Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência em nosso site. Política de Privacidade.

Notícia -

Secretários de ambiente do litoral de SP pedem ações contra mudança climática

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um texto assinado pelos secretários do Meio Ambiente do litoral de São Paulo afirma que é preciso agir urgentemente contra os impactos das mudanças climáticas nas cidades costeiras diante de um "cenário sombrio" de aumento do nível do mar, de tendência de alta de ressacas e de grave erosão costeira.

O manifesto também pede a criação de um fórum permanente para que as cidades discutam o tema e unam as "frágeis secretarias de meio ambiente e órgãos assemelhados".

O documento foi assinado pelo secretário estadual do meio ambiente de São Paulo, Maurício Brusadin, e os representantes de Bertioga, Cananeia, Cubatão, Caraguatatuba, Guarujá, Iguape, Ilha Comprida, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Sebastião, São Vicente e Ubatuba.

Os secretários afirmam que, no futuro, as cidades litorâneas terão que encarar desafios como lidar com refugiados climáticos. "Não se trata de alarmismo, mas sim, de robusta produção científica que corroboram  aquilo que já se anunciava: as 16 cidades do litoral paulista serão as primeiras a experimentar os deletérios efeitos das mudanças climáticas e assim, terão agravadas suas questões sociais", dizem.

As praias também poderão desaparecer, diz o texto, em especial aquelas que já sofrem de erosão crônica e estão em risco muito alto de erosão, como a Ponta da Praia, em Santos.

Segundo levantamento de Celia Regina Gouveia, pesquisadora do Instituto Geológico do Estado de São Paulo, 51,5% das praias paulistas têm risco muito alto e alto de erosão costeira e correm maior perigo de perder areia e sumir.

O manifesto diz ainda que, se nada for feito, em muitas praias não existirá mais faixa de areia, área que atrai turistas e alavanca a economia do litoral.

"Alguns municípios já saem na dianteira. É o caso de Santos, que elaborou o Plano Municipal de Adaptação às Mudanças Climáticas. Outros possuem estudos em curso. Contudo, a falta de visão global e estratégica do gravíssimo problema praticamente imobiliza as pequenas estruturas ambientais que cada cidade, quixotescamente, mantém", dizem.

 

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

Autor: 1
Data: 08/06/2018