Não é apenas no nome que Holambra mistura “Holanda”, “América” e “Brasil”. A cerca de duas horas de São Paulo, a cidade preserva as tradições e as influências arquitetônicas trazidas pelos lavradores católicos neerlandeses que se refugiaram ali em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. Mas a produção de flores e plantas ornamentais só começaria realmente na década de 1970, quando a cidade começou a chamar atenção também do ponto de vista turístico.
Hoje, quase metade da produção nacional de flores vem de Holambra, que abriga anualmente a maior festa de flores da América Latina. A tradição só vem sendo quebrada por conta da pandemia, mas a expectativa é que a Expoflora seja retomada em 2022. A visita, no entanto, é válida independente da realização do evento. Nos últimos anos, a cidade ganhou atrativos que podem ser aproveitados durante todo o ano, como o campo de flores Bloemen Park e a Ciclorrota das Flores.
O QUE FAZER EM HOLAMBRA
Por causa de incentivos públicos, várias construções em Holambra têm a fachada no estilo tradicional neerlandês. Algumas delas podem parecer bem fakes, mas ainda assim o resultado final é bastante charmoso. É provável que a primeira construção desse tipo com a qual você se depare seja o portal holandês que fica logo na entrada da cidade. Muitos param ali para tirar uma foto, mas pode ser difícil conseguir um bom enquadramento com o vai-e-vem dos carros (sem falar do perigo).
No centro, várias atrações ficam próximas umas das outras e podem ser percorridas a pé. A partir da Alameda Maurício de Nasau, é possível acessar a Praça Vitória Régia, que convida a fazer uma caminhada ao redor do lago, e o Deck do Amor, onde os casais prendem cadeados ao estilo Pont des Arts. Mais a frente, a Maurício de Nasau leva ao centro de eventos que recebe a Expoflora. Do lado de fora, há estátuas temáticas e cenários fotogênicos como o Corredor de Guarda Chuvas.
Próximo a essas atrações está o Museu Histórico de Holambra, onde é contada toda a história da cidade. Ali também estão expostos os tratores e o maquinário usado pelos antigos imigrantes. Durante a Expoflora, o museu possui entrada gratuita e funciona de sexta-feira a domingo. No restante do ano, ele abre aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17 h, e os ingressos custam R$ 10 por pessoa.
Ainda na mesma alameda está o Moinho dos Povos Unidos. Idealizado por um arquiteto holandês, ele tem mais de 38 metros de altura e guarda ao longo de seus andares uma exposição sobre a história dos moinhos holandeses. Ele abre de quarta-feira a domingo, das 10h às 17h, e o ingresso custa R$ 12. Logo ao lado, você verá outro portal da cidade. Um pouco menor do que o que fica na entrada, o Portal do Moinho foi construído em homenagem a um dos fundadores da cidade, Piet Schoenmaker, representado por uma estátua.
Pelas ruas de Holambra, também estão espalhadas outras praças, construções e estátuas que valem a espiada, como o Memorial do Imigrante, o Boulevard Holandês e a Praça Nossa Prainha. Mas atenção: apesar de gratuito, o Parque Van Gogh só abre de sexta-feira e sábado, das 9h às 19h, e aos domingos, das 9h às 17h. Ali dentro fica o Lago Holandês e a Orla de Chalés, com lojinhas e lanchonetes temáticas.
Os campos de flores ficam nos arredores do centro de Holambra, mas antes de sair à procura deles é importante ter em mente que a cidade não vive uma eterna primavera. Muitas plantas são cultivadas dentro de estufas e dependendo da época do ano sequer há flores à vista na paisagem. Isso acontece especialmente entre março e agosto, com uma exceção: no inverno, entre junho e agosto, é possível ver campos de girassóis floridos.
Se a época do ano não for favorável, a solução é conhecer um dos campos particulares, onde o plantio é feito por rotatividade e há flores o ano todo.
Data: 21/01/2022