A Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo e a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência acabam de lançar uma cartilha eletrônica promovendo a inclusão no turismo. Trata-se do primeiro material do turismo adaptado às necessidades da pessoa com deficiência no estado.
O secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa, destaca o direito da acessibilidade e inclusão em todas as esferas da sociedade, sobretudo no campo do turismo, ao falar sobre o material desenvolvido:
“A cartilha apresenta informações valiosas que podem auxiliar para uma experiência turística verdadeiramente inclusiva e é mais do que um simples manual: é um convite para a transformação. Todos os cidadãos, com e sem deficiência, têm o direito de explorar e desfrutar das maravilhas que nosso Estado tem a oferecer”
Novos direcionamentos no turismo
Como uma ação em defesa da inclusão, o material lançado possui não só informações sobre inclusão como também é adaptado para que pessoas com deficiência possam ter acesso a elas. As orientações são voltadas a gestores públicos e incentivam prefeitos e secretários a capacitar as empresas que compõem o setor.
Além de ser direito do cidadão, o turismo acessível pode ser rentável pois atende a uma parcela considerável da população, até então excluída de atrativos por falta de acessibilidade. Segundo dados do último censo do IBGE, existem 18,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, com 3,4 milhões no estado de São Paulo. Os idosos também são uma parcela cada vez mais representativa: são 31,2 milhões de pessoas com mais de 60 anos, crescimento de 39,8% nos últimos dez anos.
A visão da cartilha é que para de fato colocar a acessibilidade em prática, toda a cadeia que atende o setor deve abraçar o conceito. No material, há orientações de como receber bem as pessoas com deficiência, atendendo suas necessidades, valorizando-as e acolhendo-as.
A cartilha foi transformada em vídeodescrição das imagens, narração do texto, além da tradução em libras. São 42 minutos que orientam sobre como promover, de fato, a inclusão no turismo. Há sincronização da audiodescrição com a linguagem em libras no vídeo para que pessoas com e sem deficiência a compreendam.
A cartilha também discorre sobre o conceito de acessibilidade. Segundo o material, é um conceito amplo pois inclui desde o quesito atitudinal (a percepção do outro, sem preconceitos), ao arquitetônico, (adaptações físicas). No meio delas, há também a acessibilidade metodológica, que inclui os formatos em braile e áudio para guias turísticos. Sem se esquecer da instrumental, sobre rampas, elevadores, corrimãos, sinalização tátil e sistema de áudio.
A cartilha orienta gestores, representantes de meios de hospedagem, de alimentação e transporte a atender bem este público. Há também dicas de segurança para que o turista aproveite a viagem ou o passeio de forma segura, prazerosa e inclusiva.
LEIA+Data: 11/10/2023