Aqui no Brasil, começaram a surgir caminhos inspirados em Compostela, com a mesma pegada mística/religiosa. Um deles é o Caminho do Sol, criado em 2001, que parte de Santana de Parnaíba e vai até Águas de São Pedro, no interior São Paulo (Confira o site oficial do percurso). São cerca de 240 quilômetros por 12 cidades.
A exemplo do caminho espanhol, aqui também peregrinos e ciclistas levam um “passaporte” para ser carimbado em vários pontos previamente marcados (lojas, restaurantes, casas, hotéis, igrejas) para fazer jus a um certificado ao final do percurso.
Consideramos o “Caminho do Sol” ideal para quem quer testar o cicloturismo. É melhor experimentar em um trajeto relativamente curto e dentro do próprio país.
Sempre dizemos que nem todo ciclista é cicloturista. Isso porque, ao contrário do rolê de fim de semana, no cicloturismo há mais perrengues do que momentos de prazer. Imagine-se pedalando 6, 7 até 8 horas por dia, sob sol intenso, subindo morro, fritando no asfalto, depois encarrar uma chuva forte de final de dia, poucos locais para refeição (quando há algum) e sem possibilidade de pedir resgate.
Ah, também pode faltar lugar para dormir ou tomar banho. Aí o jeito é montar barraca onde der e esperar pelo outro dia. Falamos disso na nossa primeira coluna do portal.
No “Caminho do Sol” já há lugares previamente marcados para almoçar e dormir (normalmente casas de família). Além disso, qualquer problema que apareça, sempre há uma pessoa da organização por perto para prestar ajuda. Não parece, mas faz toda a diferença.
Claro que existem outros caminhos de peregrinação: Caminho da Luz (MG), Caminho da Fé (SP/MG), Caminho das Missões (RS), Caminho do Interior (SP/MG), entre tantos outros. Todos excelentes, bem sinalizados e com infraestrutura de apoio.
Indicamos o Caminho do Sol porque é curto e sem grandes subidas. Nos outros, ou o trajeto é longo ou tem muita subida, ou pior ainda, tem os dois, caso do Caminho da Fé.
Data: 12/09/2022