Há exatos 53 anos, o astronauta Neil Armstrong fazia história tornando-se o primeiro homem a pisar na Lua. O que pouca gente sabe, porém, é que esse feito teve participações brasileiras. Para a missão Apollo 11, que durou oito dias, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) contou com a ajuda de um astronauta e até da água tupiniquim.
O astrônomo Nelson Travnik não esteve na lua precisamente, mas participou do Programa Lion (Lunar International Observers Network), responsável por monitorar a superfície do satélite, para garantir um pouso tranquilo à nave. Em seu nome, os anais da NASA mostram um registro de “brilho incomum de tom azul suave” no céu, em 17 de julho de 1969, três dias antes do pouso oficial.
Na época, Travnik atuava no Observatório Astronômico Flammarion, em Minas Gerais, e participava de uma equipe que era composta por cientistas de vários países. O objetivo do grupo, criado um ano antes da missão, era observar a atividade espacial - antes e durante a missão - para identificar possíveis interferências ao que seria um dos grandes avanços da humanidade.
A água mineral brasileira também esteve presente na missão - essa dentro da nave Saturno V. A bebida, produzida na cidade de Lindoia, no interior de São Paulo, foi escolhida pela NASA por causa da sua composição química. A fonte Lindoya Verão afirma que foram compradas 120 garrafas da água que tinha baixa acidez, rápido grau de absorção pelo organismo e elevado poder diurético, propriedades que foram comprovadas pelo médico italiano Francisco Tozzi.
Mas a decisão da NASA em recorrer às Águas de Lindóia foi baseada nos escritos da Nobel de Física e Química Marie Curie, que, em 1926, visitou a cidade paulista, conheceu as fontes de águas termais e divulgou seus benefícios para o mundo. O custo da aquisição, segundo o comprovante fiscal, foi de 226 unidades da então moeda brasileira, o Cruzeiro Novo.
Data: 19/08/2022