Circuito Piraquara de Cicloturismo em Tremembé
São 9,7 km de lazer aos munícipes e visitantes adeptos do cicloturismo
Rica em atrativos culturais e de privilegiada vista panorâmica para a Serra da Mantiqueira por sua localização no relevo paulista, a Estância Turística de Tremembé, integrante da Região Turística da Fé, inaugurou no último sábado, dia do Nacional do Ciclista (19 de agosto) sua mais nova opção turística: o Circuito Piraquara de Cicloturismo.
Planejado para providenciar sinalização turística e de segurança ao grande número de ciclistas que circulam pela área da comunidade de produtores rurais dedicados à agricultura familiar integrantes do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Olga Benário, do INCRA, e de impulsionar atividades futuras que impulsionem o Turismo Rural como opção às atividades produtivas em seu interior, o Circuito Piraquara de Cicloturismo com seus 9,7 km de extensão oferece mais uma opção de lazer aos munícipes e visitantes adeptos do cicloturismo como opção de lazer.
Composto por 21 placas de segurança e orientação distribuídas pelo circuito que atendem, em seus conteúdos, às orientações recomendadas pela ABNT NBR 15.509-2:2017 ("Cicloturismo Parte 2: Classificação de percursos) para comunicação do grau de severidade do meio de circulação, orientação e grau técnico do percurso associados à informação do grau de esforço físico demandado somadas ao conhecimento das distâncias percorridas de placa a placa, altitude média e mais 5 totens informativos que apresentam detalhes textuais e gráficos dos trechos a serem percorridos acompanhados de mapas de apoio à orientação por segmentos do Circuito Piraquara de Cicloturismo, seu título é fundamentado em parte importante da história tremembeense passada no início do século XX. Com diversas semelhanças presentes na organização produtiva hoje presente no PDS Olga Benário (INCRA), que mantêm atividades ambientalmente diferenciadas e dirigidas às populações tradicionais, à atuação dos monges Trapistas junto aos ribeirinhos que viviam nas áreas inundáveis do rio Paraíba do Sul. Hoje ocupadas pela rizicultura e pecuária.
Conhecidos, à época, como Piraquaras, tornaram-se a força produtiva da rizicultura implantada pelos monges Trapistas após receberem destes instruções técnicas em escolas construídas com o compromisso de profissionalizarem suas comunidades. Outra referência histórica relevante à relação dos Trapistas com os Piraquaras se concentra nas passagens por pontes, nas duas estradas municipais, sobre o ribeirão da Serragem: a Kiunoske Kanegae (em seu início) e José Andrade Filho (em seu término). Ambas conectadas à rodovia estadual Pedro Celete (SPA 017/123).
Maior microbacia do município que, em conjunto com o trabalho dos Piraquaras, permitiu que os monges Trapistas o aproveitassem como fonte de abastecimento a todo sistema de irrigação por gravidade que implantaram em suas propriedades e que permanece em funcionamento.